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Olga é um destes. Um filme marcante, que conta a história da militante comunista alemã Olga Benário, que após treinamento em Moscou é enviada ao Brasil para participar da Intentona Comunista. Ao lado de Luis Carlos Prestes, homem pelo qual se apaixona, ela e outros militantes tentam fazer a revolução dar certo. Com o fracasso da Intentona, Olga, grávida, é presa e deportada para a Alemanha Nazista. Por ser judia, ela permanece presa e tem sua filha na prisão e após seu nascimento, é levada a um campo de concentração, local em que é certa sua morte. Camila Morgado interpreta a personagem principal e mostra que consegue segurar bem o papel da mulher forte que foi Olga Benário. Embora o filme peque em alguns aspectos,é recheado de cenas emocionante e deixa visível o talento de Camila e dos coadjuvantes, expondo excelência dos artistas brasileiros.
Diferente da grande maioria, produzido em uma linguagem que foge da familiaridade dos filmes brasileiros, “O Cheiro do Ralo” é um filme que atrai os olhos e, mesmo com pouca ação, hipnotiza. O comportamento imprevisível do personagem principal, Lourenço, chama a atenção. É neste homem que está a síntese de comportamentos degradantes presentes em nos seres humanos. Só quem se despe de ideias pré-meditadas e se deixa envolver pelo filme pode ser capaz de se sentir perplexo pelas situações vividas por Lourenço e de tentar de certa forma entender a mente doentia do homem. A fotografia do filme complementa a vida monótona de alguém que vive da compra de objetos e digamos que acaba por comprar outras coisas mais. Interpretado com maestria por Selton Melo, que consegue passar toda a indiferença e frieza de Lourenço, “O Cheiro do Ralo” não é um filme para a toda a família. Nem sequer para todos os maiores de idade. Apenas para aqueles que conseguem abandonar os padrões do cinema e se dar ao direito de uma nova experiência cinematográfica, que de alguma forma será chocante.
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