1 de jul. de 2011

uma excelente opção para enfrentar o frio

Divulgação
O frio que tomou conta da cidade esta semana faz com que grande parte das pessoas se enforne dentro das casas. Por que não aproveitar este momento para se enrolar nas cobertas, agarrar um balde de pipoca e assistir (ou re-assistir) algumas das produções do cinema nacional? Embora ainda sofra certo “preconceito” por parte dos próprios brasileiros, o cinema nacional se desenvolveu muito e caiu na graça de grande parte da população. Porém, o destaque é sempre para as comédias e nem só de cenas cômicas se faz o cinema brasileiro. Há filmes de grande qualidade que não se encaixam neste gênero e merecem um espaço na telinha.
Olga é um destes. Um filme marcante, que conta a história da militante comunista alemã Olga Benário, que após treinamento em Moscou é enviada ao Brasil para participar da Intentona Comunista. Ao lado de Luis Carlos Prestes, homem pelo qual se apaixona, ela e outros militantes tentam fazer a revolução dar certo. Com o fracasso da Intentona, Olga, grávida, é presa e deportada para a Alemanha Nazista. Por ser judia, ela permanece presa e tem sua filha na prisão e após seu nascimento, é levada a um campo de concentração, local em que é certa sua morte. Camila Morgado interpreta a personagem principal e mostra que consegue segurar bem o papel da mulher forte que foi Olga Benário. Embora o filme peque em alguns aspectos,é recheado de cenas emocionante e deixa visível o talento de Camila e dos coadjuvantes, expondo excelência dos artistas brasileiros.
Diferente da grande maioria, produzido em uma linguagem que foge da familiaridade dos filmes brasileiros, “O Cheiro do Ralo” é um filme que atrai os olhos e, mesmo com pouca ação, hipnotiza. O comportamento imprevisível do personagem principal, Lourenço, chama a atenção. É neste homem que está a síntese de comportamentos degradantes presentes em nos seres humanos. Só quem se despe de ideias pré-meditadas e se deixa envolver pelo filme pode ser capaz de se sentir perplexo pelas situações vividas por Lourenço e de tentar de certa forma entender a mente doentia do homem. A fotografia do filme complementa a vida monótona de alguém que vive da compra de objetos e digamos que acaba por comprar outras coisas mais. Interpretado com maestria por Selton Melo, que consegue passar toda a indiferença e frieza de Lourenço, “O Cheiro do Ralo” não é um filme para a toda a família. Nem sequer para todos os maiores de idade. Apenas para aqueles que conseguem abandonar os padrões do cinema e se dar ao direito de uma nova experiência cinematográfica, que de alguma forma será chocante.

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